A Renovação Carismática Católica não é um movimento como os demais, pois não tem um fundador. Foi suscitado pelo Espírito Santo como caminho de renovação da Igreja após o Concílio Vaticano II e como resposta à oração de João XXIII na abertura do Concílio: “Renova em nossos dias os prodígios como em um novo Pentecostes...”

A espiritualidade da RCC se insere no contexto dos movimentos pentecostais do século XX e está diretamente ligada à experiência que o Espírito Santo concedeu aos Apóstolos. Pode-se perceber isto pelos frutos de hoje: oração em línguas, uso dos carismas, ardor missionário, conversões. O Pentecostes atual é uma retomada daquele que aconteceu no início da Igreja.
A RCC teve seu início em fevereiro de 1967 (completa neste ano de 2007, (40 anos), na Universidade de Duquesne, Pittsburg, Pensilvânia, EUA, quando um grupo de alunos e professores se reuniram num retiro e pediram ao Espírito Santo a renovação de sua fé e a experiência de Pentecostes narrada nos Atos dos Apóstolos. Receberam o batismo no Espírito Santo com a manifestação dos carisma, descritos em I Coríntios 12. Esta experiência que já acontecia no meio evangélico e começou naquele momento na Igreja Católica e em pouco tempo se espalhou quase que simultaneamente em todos os cantos do mundo, sem que se saiba muito bem como.

No Brasil chegou em junho de 1969, em Campinas, tendo como pioneiros padre Eduardo Daugherty, padre Haroldo Ham . Atualmente existe em 285 Dioceses e em 2005 contava com 20.000 grupos de oração em todo o Brasil.
O coração da RCC são os Grupos de oração e a sua identidade é o Batismo ou Efusão do Espírito Santo, como experiência de um Pentecostes pessoal, atestado pelos seguintes frutos:
1 - redescoberta da pessoa de Jesus como Senhor e Salvador.
2 - encontro com Deus Pai.
3 - novo gosto pela oração pessoal e comunitária.
4 - novo gosto pela Palavra de Deus.
5 - mais consciência e procura dos Sacramentos da Eucaristia e Reconciliação.
6 - entrega generosa ao serviço dos irmãos e da comunidade.
7 - maior compreensão e amor a Maria.
8 - profunda transformação interior e conversão.
9 - audácia na evangelização e força para testemunhar Jesus.
10 - experiência do exercício dos carismas como instrumento para evangelização.

Em Toledo a RCC chegou em 1983 através do Frei Luigi do Seminário Santa Mônica. A princípio ele convidou um pequeno grupo de pessoas para fazer a experiência.
Na Paróquia São Cristóvão o movimento foi introduzido em 1984. Os participantes se reuniam na Praça Getúlio Vargas, próximo ao Jardim Paraná. Alguns meses depois com permissão do pároco padre Odilo Rockembach as reuniões passaram a ser na Igreja. Na acolhida o padre Odilo disse: “O que vem de Deus permanece, o que não vem de Deus, por si mesmo acaba.” Faz 24 anos que a RCC existe na comunidade. Seus líderes são frutos do Grupo de Oração e Retiros da RCC.

 A primeira coordenadora foi Olívia Korb. Desde o início foi estabelecido que o Grupo de Oração se reuniria todas as quartas-feiras e a missa da partilha na primeira quarta feira do mês. Dois anos depois, iniciou-se, às terças-feiras a reunião de servos (os líderes do movimento que reúnem para rezar e preparar o Grupo de Oração).
Em 1988, iniciou-se o “Grupinho das crianças”. As participantes, filhos/filhas de pais que aderiram ao movimento, orientadas por uma equipe responsável cantam, ouvem histórias da Bíblia, fazem desenho e outras atividades próprias e são introduzidas ao querigma com diversas dinâmicas próprias para crianças.
O Grupinho das crianças, com uma média de 30 participantes por adesão se reúne todas as quartas, sob a coordenação da Senhora Sofia Schumacher, auxiliada por Beth e Luciana.
A Olívia esteve na coordenação até 1988. Seu sucessor foi o Nicodemos Schumacher até 1994 O terceiro líder foi o Nelson Seben; (1996); o quarto foi Valdelir Bortolotto; (1999); depois, novamente Olívia Korb (2004); e a partir de 2004 até o presente momento a RCC é coordenada por Roseli Schumacher.

Em 1999, teve início o Cerco de Jericó, que consiste em sete dias e seis noites de oração diante do Santíssimo, feita por equipes, de hora em hora. Reza-se por diversas intenções, tanto gerais, da Igreja, como particulares dos participantes. No ano de 2000, propagou-se a reza do o Terço da Misericórdia todas as terceiras e quintas-feiras de cada mês.
Em várias épocas durante este tempo também aconteceu o Grupo de Oração dos jovens, no domingo à noite. São jovens que tiveram uma experiência na RCC, mas que estudam durante a semana, por isso não podem participar do grupo de oração da quarta-feira. Estas reuniões foram interrompidas diversas vezes, por vários motivos, mas atualmente estão acontecendo, sob a coordenação de Leonardo. É um trabalho interessante que se faz de acolhida e resgate de jovens afastados da Igreja.

A RCC tem feito um trabalho bonito na Comunidade, através do grupo de oração. Todas as semanas acolhe e atende uma média de 100 pessoas, que chegam das mais variadas situações e necessidade. Uns com doenças físicas, emocionais, espirituais, outros com problemas familiares, mães que vem rezar pelos filhos, mulheres, pela conversão do marido, católicos que andaram por outras religiões e vem buscar uma direção, pessoas afastadas da Igreja que começam a participar novamente, e também pessoas que simplesmente vem para louvar o Senhor e líderes da comunidade que, quando tem tempo vem para se abastecer pela oração.

Observa-se um relacionamento de cooperação com  as atividades  da Paróquia e também um relacionamento fraterno com toda a comunidade, não havendo notícias de divisões ou problemas causados pelos “carismáticos”. Pelo contrário, todos os servos participam de alguma linha de pastoral, inclusive como coordenadores como é o caso de Olívia, coordenadora da pastoral. familiar; Gelci, coordenadora da pastoral do o auxílio fraterno; Beth, coordenadora da equipe litúrgica do domingo de manhã; Roseli coordenadora das equipes de canto da paróquia; sem contar com inúmeras catequistas, ministros, animadoras de grupos de família e zeladoras de capelinha e agentes do dízimo. A participação da RCC é também interessante na animação das celebrações litúrgicas e outros encontros na paróquia.

 Deus em sua infinita bondade e misericórdia se manifesta na simplicidade das pessoas que acreditam na oração e testemunham as maravilhas que Ele fez na vidas delas. É impressionante ver como Deus age nas pessoas que vem ao grupo de oração já sem esperança e desanimadas e redescobrem a fé, a alegria de viver, o gosto pela oração, a beleza da Palavra de Deus e da comunidade e se inserem e voltam a participar da vida da Igreja se tornando elas mesmas testemunhas do poder de Deus.