A pastoral dos enfermos é a pastoral que envolve pessoas dedicadas a cuidar dos sofredores. Ela encoraja os sacerdotes, religiosos e leigos que em nome da comunidade procuram responder às necessidades das pessoas doentes, privilegiando as mais frágeis e, deste modo, testemunham a cultura da vida.

O Papa João Paulo II, no dia 11 de fevereiro de 1993, Dia de Nossa Senhora de Lurdes, e Dia Mundial do Doente, enviou ao mundo inteiro uma mensagem intitulada: “A nova evangelização e a dignidade da pessoa que sofre”.
Esta mensagem salientou a necessidade de evangelizar de maneira nova este campo de experiência humana, direcionando-o para o bem estar da pessoa e para o progresso dos povos em todo o mundo.

Ao longo da história, a Igreja o papa sempre apoiou o progresso terapêutico em vista do aprimoramento da assistência aos doentes. Na atualidade, propõe critérios morais para orientar os profissionais da medicina no aprofundamento da pesquisa, em aspectos que ainda não foram suficientemente classificados, sem descuidar das exigências de um humanismo genuíno.
A doença afeta pessoas de todas as idades e condições sociais. Em seus leitos de dor são convidadas a participar do mistério pascal de Cristo. Nele todos os enfermos são levados a se interrogar sobre a própria existência, sobre o seu significado, sobre o porquê do mal, do sofrimento e da morte (PESSINI, 2001).
Os cristãos que atuam na pastoral dos enfermos, aprendem de Cristo, médico das almas e dos corpos, a ser para os doentes os “bons samaritanos” e estar sempre atentos às necessidades dos mesmos. Somente Jesus, o divino Samaritano, responde plenamente às mais profundas expectativas de cada ser humano que busca a paz, a cura e a salvação.

Jesus é o salvador de cada pessoa. Por isso a Igreja não se cansa de o anunciar, a fim de que tudo o que diz respeito à saúde seja vivificado por sua luz. “É importante que, no início do Terceiro Milênio Cristão, seja dado um novo impulso à evangelização no mundo da saúde, como lugar privilegiado para se tornar um precioso laboratório da civilização do amor” (JOÃO PAULO citado por PESSINI, 2001, p. 51-52).

O Papa João Paulo II ao se dirigir aos doentes, aos profissionais da saúde e aos agentes de pastoral, na mensagem do dia 11 de fevereiro de 1993, convidou-os a contemplar o rosto de Cristo, que há dois mil anos se fez carne para salvar a humanidade. Também, conclamou a todos a testemunhar o Evangelho da vida e da esperança. Lembrou que Jesus é conforto para quantos vivem na angústia e na dificuldade; é força para quem vive momentos de cansaço e vulnerabilidade; é auxílio para aqueles que trabalham para assegurar melhores condições de vida e de saúde a humanidade.