“Catequizar significa fazer ecoar aos ouvidos, informar, transmitir, ensinar de viva voz a Palavra de Deus”.
Depois da vinda do Espírito Santo a catequese era de iniciação à fé e a vida de comunidade. A comunidade era fonte, lugar e meta de evangelização. Do ano 500 a 1500 a catequese fazia o processo de imersão na cristandade. Perdeu-se a dimensão da comunidade, da fé. A partir de 1500, ela voltou a ser um processo de instrução – conhecer a doutrina. 
Atualmente é vista como educação permanente da fé para a comunhão e participação. É um dos meios pelo qual Deus continua a se manifestar às pessoas. Ela atualiza a revelação acontecida no passado, através dos catequistas, que transmitem aos irmãos a experiência de Deus.
O Documento da Catequese Renovada diz que “a catequese é um processo de educação comunitária, permanente, progressiva, ordenada e sistemática da fé”. Assim sendo, deve levar a pessoa ao seguimento do Mestre. Não basta conhecer idéias, mas é preciso ser comunidade catequizada e catequizadora, inculturada, integrar fé e vida, fazer o Reino acontecer no aqui e agora, deixar-se seduzir e encantar por Jesus. Isto exige compromisso (Mc 8,34-38) de ficar com Jesus (Mc 3,13-14) para ser discípulo
(Lc 14,25-27).
A catequese supõe a evangelização. Exige conversão interior e contínuo retorno ao núcleo do Evangelho (querigma), ou seja, ao Mistério de Jesus Cristo em sua Páscoa libertadora vivida e celebrada na liturgia. Sem isso ela deixa de produzir os frutos desejados. Toda ação da Igreja leva ao seguimento mais intenso de Jesus e ao compromisso com seu projeto missionário.

Objetivos gerais

•    Evangelizar, proclamando a Boa Nova de Jesus, caminho para a santidade,  por meio do serviço, diálogo, anúncio e testemunho de comunhão, à luz da evangélica opção pelos pobres, promovendo a dignidade da pessoa, renovando a comunidade, formando o povo de Deus e participando da construção de uma sociedade justa e solidária a caminho do Reino definitivo.

•    Evangelizar de forma permanente, progressiva, orgânica da fé, da esperança e da caridade da vida cristã de adultos irregulares, pais e mães de catequizandos,  egressos, pessoas vindas de outras lreligiões, crianças, adolescentes, respeitando-lhes a cultura que lhes possibilita um encontro consigo mesmo, com a natureza, com a sociedade e com Deus.

Objetivos específicos

•    Anunciar o Evangelho de Jesus Cristo, tendo como ponto de partida a realidade sócio-cultural e religiosa da Paróquia São Cristóvão, promovendo o encontro pessoal com Cristo, na experiência da vida em comunidade, num processo de comprometimento que resulte na transformação da sociedade.

•    Fomentar o espírito de unidade e comunhão entre as pessoas destinatárias da Ação Evangelizadora.

•    Favorecer o crescimento da pessoa rumo a grande meta cristã: a santidade, num contínuo processo de conversão.
•    Esclarecer e estimular a experiência e vivência no Espírito Santo que o catequizando fará na liturgia no ano litúrgico e na oração cotidiana como caminho de crescimento da fé (DNC 143).

•    Favorecer uma experiência existencial consigo mesmo, com a natureza, com os outros e com Deus, marcada pelo amor a exemplo de Jesus.

•    Anunciar a verdade reveladora.

•    Criar meios para o crescimento filiar com Deus.

•    Contribuir na construção da comunidade de irmãos e no estabelecimento da justiça, da solidariedade e da fraternidade (DCN 144).

Justificativa

Antes de tudo, vive-se em um mundo em mutações rápidas (tudo muda com velocidade), profundas (mexe nas coisas mais profundas da vida), universais (atinge a tudo e em todos lugares) e permanentes (não pára), deixando as pessoas em dúvidas, dificuldades e incertas diante da realidade emergente.
O progresso tido como redentor da humanidade aconteceu em todos os campos da atividade humana. Porém, seus benefícios não atingiram a maioria das pessoas.
Assim, vêem-se pessoas com uma nova consciência, capazes de articular, mobilizar outras pessoas; há outras que dialogam e reconhecem que o mundo é plural e para viver neste mundo de diferentes, desiguais e excluídos é preciso conviver; outras ainda buscam o transcendente, tentam definir sua espiritualidade e estão sedentas de fazer a experiência com Deus.
Neste mundo plural, desigual e excludente, os catequistas e catequizando se sentem interpelados de modo contínuo sobre as razões para crer, esperar e amar até que se construa o Novo Céu e a Nova Terra.

Histórico

A catequese na América Latina tomou novos rumos à luz de uma cristologia e eclesiologia voltada à realidade do povo a partir de Conferência de Medelín em 1968.
Em 1974, houve o Sínodo sobre Evangelização onde se contemplou os avanços da catequese pós-concliliar.
Em 1983, a CNBB lançou o texto “Catequese Renovada”, no intuito de renovar o conteúdo. A partir dele estabeleceram-se os eixos centrais do trabalho evangelizador:
    Bíblia como texto principal.
    Momentos celebrativos como complemento da educação da fé.
    O princípio de interação fé e vida.
    O valor e importância da caminhada da comunidade de fé.
    Conteúdos da educação da fé.
Os/as catequistas da paróquia tiveram acesso a este Documento no dia 28 de agosto de 1983, quando o pároco o padre Odilo Rochembach, grande incentivador da ação evangelizadora e a coordenadora a Leda Maria Paludo deram para cada uma um manual para posteriores estudos, a fim de se realizar as mudanças necessárias para fazer ecoar a palavra de Deus na comunidade, a partir dos novos encaminhamentos sugeridos pelo documento.
Em abril de 1985, depois de realizada a Semana Brasileira da Catequese, o pároco padre Odilo orienta as catequistas sobre o método: Ver, julgar e Agir e as convoca a ser instrumento de comunhão e a dar o melhor de si, privilegiando o ser, o saber e o saber-fazer a serviço da educação da fé recebida como herança, a fim de tornar Jesus conhecido por todos.
Em 1992, na Conferência de Santo Domingo, a temática centrou-se na Nova Evangelização, Promoção Humana e Cultura Cristã. Assim que o Documento deste encontro chegou à Diocese, houve estudos com as lideranças das paróquias no Instituto João Paulo II para aprofundamentos sobre as novas exigências, no intuito de dinamizar e consolidar a atuação de Deus no centro da vida humana.
Nesta caminhada catequética, a Paróquia São Cristóvão sempre contou com o serviço voluntário de abnegados homens, mulheres jovens, profetas do tempo atual, que se dispuseram e se dispõem a ajudar a multiplicar, compartilhar as maravilhas do Deus-amor reveladas por seu Filho Jesus.

Desafios

Diante do surto de religiosidade e da crescente incoerência entre religião e vida, do indiferentismo religioso, da ciência querendo abafar valores concebidos através das gerações, das correntes neo-atéias, compete aos cristãos atuantes e animadores das comunidades:

    evangelizar a pessoa, promovendo a sua dignidade plena;
    evangelizar a comunidade, permeando-a com os valores e as luzes do Evangelho;
    evangelizar a grande sociedade, partindo da construção de uma convivência humana, justa e solidária. Isto inclui todos os outros desafios setorizados: miséria e fome, violência, exclusão social, família, questões de bioética, o grande número de católicos não-evangelizados e não-incluídos na vida eclesial. Trabalhar de maneira orgânica com as demais pastorais e movimentos paroquiais paroquiais.
     Ser pessoa de fé e oração;
    Ter conhecimento do processo das transformações sociais.
    Saber escutar e acolher aquele que busca saídas para seus conflitos. 
    Experenciar a espiritualidade do seguimento com a força proveniente da oração e das celebrações eucarísticas.


6.14.6 Esperanças 

    Caminhar na direção de uma catequese permanente, superando o conceito de catequese sacramental.
    Encontrar uma linguagem de fé mais compreensível para as pessoas que vivem num mundo secularizado com dificuldade de entender a linguagem da Igreja.
    Criar unidade entre as pastorais e movimentos paroquiais.
    Elaborar um planejamento participativo que explicite ações conjuntas de todas as pastorais e movimentos existentes na paróquia.
    Trabalhar de forma orgânica, evitando a formação de pequenas igrejinhas dentro da Igreja.

Mística. 

A ação evangelizadora da Pastoral de Animação Bíblico-Catequética se fundamentará no VER-ILUMINAR-AGIR-CELEBRAR-REVER dentro do princípio FÉ-VIDA (DNC, 2006 n. 157-158-159-160-161-162). 
Neste método se insere o catequizando nas diversas funções de aprendizagem como: a reação espontânea, a reflexão, o momento de diálogo e do silêncio, a relação oral, o trabalho escrito e revisão da caminhada (DGC 154). Assim se propõe uma ordem fixa dos passos do método que interagem dentro da dinâmica do encontro de catequese semanal, tendo como inspiração de sua mística o texto de Lc 24, 13-26, no qual Jesus ressuscitado se encontra com os discípulos de Emaús e se coloca a caminho com eles, participando de suas angústias e aos poucos os convida a retornar o caminho.

Metodologia

A Pastoral de Animação Bíblico-Catequética em comunhão com o Plano de Evangelização da Igreja do Brasil, participa de forma orgânica da comunidade eclesial, na tentativa de criar um ambiente favorável à vivência cristã nos processos de evangelização à luz da Palavra de Deus, para facilitar a comunicação entre os catequizandos e o mistério de Deus, das pessoas entre si e com a comunidade (DNC 172).

Princípios Gerais

O cerne está na espiritualidade de cada catequista brota da ligação dele/dela com Deus. Assim sendo, transforma a sua vida em oração e a oração em vida, para testemunhar a grandeza do amor de Deus nas suas ações, conseqüentemente, conduz seus/suas catequizandos/as a fazer a experiência de Deus.

Princípio Pedagógico

A mensagem central da catequese é o próprio Cristo. Em torno Dele tudo deve acontecer. É preciso ter em mente que o tempo de instrução na/da fé já passou. Vive-se hoje o tempo de formação na/da fé.
Portanto, nada de encontros longos, decorados ou absorvidos em falas e dinâmicas, mas sim, que sejam momentos de animação e partilha com Cristo. Nas turmas finais, os/as catequizandos/as devem se engajar em algum serviço dentro da Igreja. “Ninguém vive o que não conhece”.

Princípio Litúrgico

A liturgia é fonte e ápice da Igreja. (Documento de Santo Domingo 34). O DNC diz que família, catequese e liturgia não podem estar dissociadas. 
A participação dos catequizandos/as nas diversas atividades litúrgicas os insere na comunidade e aprendem a celebrar de forma coletiva a fé.
Sugerem as orientações diocesanas atuais que se tenha uma celebração/encontro mensal, em horário diferenciado, para todos/as os/as catequizandos/as, nos quaais eles/elas, juntamente com os/as catequistas participem ativamente na celebração/encontro como expressão de fé.

Formação:

Por decisão, em reunião, decidiu-se que ano de 2008, os encontros de  formação de catequistas acontecerão na primeira quinta-feira do mês, às 19h30min e devem contemplar aspectos de comunicação, motivação e oportunizar o crescimento da fé.
Frente a estes anseios, compete à coordenação e ao pároco se empenhar na busca de aperfeiçoamento continuado de seus/suas colaboradores/as com:
•    palestras;
•    momentos de espiritualidade;
•    celebrações eucarísticas;
•    e ações que possibilitem a vivência da fé.
•    Participação no GRECAT.

Para pais (também denominada catequese com adultos)

A catequese com adultos é a educação permanente da fé. Inicia com o Sacramento do Batismo e se prolonga por toda vida, pois dela depende a formação das novas gerações cristãs.
A Igreja em renovação de acordo com o Documento de Aparecida e do novo DNC diz que se deve fazer com os adultos o mesmo que se faz com as crianças, adolescentes e jovens.
Sendo a catequese uma extensão do lar, o pai e mãe são convidados a participar mensal e/ou bimestralmente de momentos de espiritualidade que se realizarão na Igreja em sintonia com o pároco, coordenação da catequese, pastoral familiar, Grupo de reflexão, capelinhas e catequistas.

Para catequizandos/as (de 08 a 12 anos)

A catequese preparatória para a Primeira Eucaristia será feita em três anos e para a Crisma haverá o acréscimo de mais dois, conforme normas diocesanas. Receber-se-á crianças para o Familiar I que completarem 08 anos até dezembro do ano da matrícula.

Para clientela egressa (adolescentes de 10,11,12 anos que se evadiram do tempo normal)

Formar-se-á uma turma especial no intuito de levar os adolescentes à vivência de atividades que os motive a preservar nos ensinamentos da catequese ofertada. Dependendo da idade, farão um ano e receberão os sacramentos que ainda não receberam. Depois continuarão em turmas normais de preparação à Crisma.

Para jovens e adultos não batizados, não crismados, não comungantes e canonicamente irregulares.

Ofertar-se-á um ano de preparação, depois do qual receberão os sacramentos, conforme orientações do pároco. Este tipo de catequizando/a será orientado por um casal engajado na Pastoral Familiar e/ou cursilhista que sejam capazes de motivá-lo para a vivência da fé em comunidade – lugar de acolhida e ajuda.
Para estas pessoas se levará em conta as experiências vividas, os condicionamentos e os desafios que elas encontram como também suas interrogações e necessidades em relação à fé. É preciso distinguir:
•    pessoas que vivem sua fé, mas precisam aprofundá-la; (praticantes)
•    pessoas apenas batizadas (não praticantes ou afastados);
•    pessoas não batizadas;