Segundo Cecília de Souza (2006), filha de Paulo Jacob, natural de Carazinho, Rio Grande do Sul, seu pai ao completar dezoito anos mudou-se para Pinhalzinho, Santa Catarina, cidade onde ele é reconhecimento como fundador. Nesta localidade ele se dedicou à agricultura, à vida de caminhoneiro, foi taxista e comerciante.

A atividade que ele desempenhou com esmero e paixão foi a de caminhoneiro, exercendo-a durante vinte cinco anos (bodas de prata). Este período constituiu-se em um período de lutas, de transpor barreiras, de vencer as intempéries do tempo e lamaçais, porém em momento algum, apesar de sempre estar exposto ao perigo, sofreu acidentes. Em ação de graças pela vida tão laboriosa de ganhar a estrada sem ter que enfrentar percalços de ordem técnica e mecânica comprou uma imagem de São Cristóvão a quem edificou um oratório em sua própria residência.

Ao migrar para o Paraná estabeleceu-se com a família no bairro Vila Industrial, onde ajudou a construir a primeira capela. Quando essa construção humilde ficou pronta, ele, com o consentimento dos demais pioneiros e colaboradores, sugeriu que a capela fosse dedicada a São Cristóvão, doando a imagem que guardava em sua residência. Essa imagem está na igreja matriz até hoje.

A devoção a São Cristóvão veio junto com o migrante. Segundo registro contido no “Livro Tombo” da Paróquia Cristo Rei da Catedral, a primeira missa solene e procissão em homenagem ao padroeiro dos motoristas realizou-se no dia 25 de julho de 1962.

Na Capela São Cristóvão, a mesma solenidade, com missa, seguida de procissão, bênção dos carros e festa popular, aconteceu no dia 30 de julho de 1967. Desde então, a grande festa da comunidade é a Festa de São Cristóvão e já faz parte do Calendário das Festas Religiosas e Gastronômicas do município.