Créditos: Radio Vaticano
Cidade do Vaticano (RV) - O confronto entre a realidade familiar e as perspectivas pastorais será certamente o maior desafio que os participantes do Sínodo dos Bispos sobre a Família, marcado para outubro próximo, vão enfrentar.
O anúncio do Evangelho da Família é uma das instâncias pastorais mais urgentes para a ação da Igreja hoje, mas quem tem a missão de anuncia-lo? “Evangelizar é responsabilidade de todo o povo de Deus, cada qual segundo o ministério e o carisma que lhe são próprios” – aponta o Relatório do Sínodo Extraordinário, realizado em outubro passado.
Mas, “sem o testemunho jubiloso dos cônjuges e das famílias, igrejas domésticas, o anúncio, embora correto, corre o risco de ser incompreendido ou de afogar-se no mar das palavras que caracterizam a nossa sociedade. […] Em virtude da graça do sacramento nupcial, as famílias católicas estão chamadas a ser protagonistas ativas da pastoral familiar” (Relatio Synodi, 30).
“A partilha da vida e a doação recíproca determinam a beleza da Família, segundo o desígnio de Deus”, garante o Bispo de Camaçari, Dom João Carlos Petrini, que foi Presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB até abril deste ano. “Caso contrário – afirma – a cultura atual vai nos levar ao niilismo”, a doutrina filosófica que consiste na negação de todos os princípios religiosos, políticos e sociais.